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Publicado em: 28 de setembro de 2025

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Cuidado com a API do Gemini: o que todo dev precisa saber antes de usar

Custo invisível pode virar dor de cabeça

O entusiasmo em adotar modelos avançados como o Gemini 2.5 Pro é natural — a performance impressiona. Mas, quando o assunto é API no Google Cloud, um detalhe técnico pode transformar testes pontuais em cobranças mensais inesperadas.

Onde está a armadilha

  • Context caching: a API permite “guardar” o histórico de tokens para chamadas futuras. Parece ótimo em teoria, mas o armazenamento por hora é cobrado, mesmo sem chamadas novas. Ou seja, você pode parar de usar, mas a fatura continua crescendo.

  • Cobranças não visíveis no gráfico: os relatórios de uso nem sempre mostram tokens de thinking ou cache persistente. A conta aumenta, mas a tela de “usage” fica em zero.

  • Serviços irmãos: no mesmo projeto podem estar habilitados o Gemini Code Assist ou Cloud Assist, que têm quotas próprias. Sem perceber, o dev paga por recursos que nunca usou.

Casos reais

Vários desenvolvedores relataram surpresas parecidas:

  • R$ 10 a R$ 50 em cobranças mensais, mesmo após apagar chaves de API.

  • Caches antigos mantidos por semanas, somando milhões de tokens armazenados.

  • Custos extras de armazenamento de logs e token hours que não estavam no radar.

Como evitar a conta surpresa

  1. Entenda a cobrança

    • Tokens de entrada e saída são óbvios.

    • Mas tokens em cache têm cobrança por hora de vida útil.

    • Thinking tokens (usados no raciocínio interno do modelo) também são cobrados como saída.

  2. Configure TTL curto

    • Se precisar de cache, defina ttl em minutos/horas, não em dias.

    • Nunca deixe o padrão “infinito”.

  3. Monitore no lugar certo

    • O gráfico de uso engana.

    • Veja o Billing → Reports → Cost table, filtrando por “cached content storage token hours”.

  4. Desative serviços não usados

    • Em APIs & Services, desabilite tudo que não for a Generative Language API.

    • Em Quotas, verifique se não há consumo em Code Assist ou Cloud Assist.

  5. Use budgets e alertas

    • Configure um budget mensal baixo (ex.: R$ 50) com alertas em 50% / 90% / 100%.

    • Assim, a equipe descobre a anomalia antes da fatura estourar.

Alternativas seguras

  • GPT-5 (OpenAI): custo previsível (input US$ 1,25 /M, output US$ 10 /M), sem cobrança de cache persistente.

  • Claude Opus: caro em tokens de saída, mas não surpreende na fatura.

  • Codeium / Copilot: planos fixos mensais, sem pay-as-you-go escondido.

Pontos-chave para devs

  • Não confie só no gráfico de uso → olhe o Cost table.

  • Cached tokens ≠ grátis → armazenamento por hora gera cobrança.

  • Sempre configure TTL nos caches.

  • Se não for usar, delete o projeto ou desative billing.

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