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Publicado em: 8 de outubro de 2025

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Dia Nacional de Prevenção à Obesidade reforça a importância da conscientização e do cuidado contínuo com a saúde

Com índices em crescimento no Brasil, a obesidade já atinge quase 60% da população adulta e está entre os maiores fatores de risco para doenças crônicas. Especialistas destacam a importância da prevenção e do acompanhamento multidisciplinar

O Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, celebrado em 11 de outubro, chama atenção para um dos maiores desafios de saúde pública do país. De acordo com o Ministério da Saúde, mais da metade da população brasileira está acima do peso — e um em cada quatro adultos é obeso. O problema, que já é considerado uma epidemia mundial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), impacta diretamente a qualidade de vida e sobrecarrega os sistemas público e privado de saúde.

A obesidade é uma condição multifatorial, influenciada por fatores genéticos, comportamentais e ambientais, e está associada a doenças como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono e doenças cardiovasculares — principais causas de mortalidade no Brasil.

Impactos no coração e no sistema circulatório

De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Wagner Sobottka, do Hospital Cardiológico Costantini, a obesidade aumenta a sobrecarga de trabalho do coração e está ligada a diversas doenças cardiovasculares.

“O excesso de gordura leva ao aumento da pressão arterial, elevação do colesterol e resistência à insulina — fatores que favorecem hipertensão, infarto e insuficiência cardíaca. Pequenas mudanças no estilo de vida, quando iniciadas cedo, podem evitar complicações graves.”

O especialista destaca a importância do monitoramento contínuo de peso, circunferência abdominal, glicemia e colesterol, além da integração entre profissionais de diferentes áreas.

“O tratamento da obesidade é mais eficaz quando feito em equipe. A atuação conjunta entre médicos, nutricionistas e educadores físicos garante acompanhamento completo, com metas realistas e resultados duradouros”, pontua.

Alimentação e comportamento: o início da mudança

Segundo a nutricionista Claudia Laskanski, o alto consumo de alimentos ultraprocessados é um dos principais fatores por trás do aumento da obesidade.

“Esses produtos são altamente calóricos, de fácil acesso e baixo custo, o que os torna muito presentes no dia a dia. Não significa que uma alimentação saudável seja necessariamente mais cara, mas ela exige planejamento e preparo”.

A especialista destaca a importância do acompanhamento nutricional, que ensina o indivíduo a priorizar alimentos naturais e criar uma rotina alimentar equilibrada.

“Com o suporte profissional, é possível organizar melhor as refeições e construir hábitos consistentes, evitando o efeito sanfona. Diferente das dietas restritivas, a reeducação alimentar promove mudanças sustentáveis e consciência sobre as escolhas”.

Exercício físico e constância: pilares do controle do peso

Para o personal trainer Anderson Moraes, sócio da academia Seven7Play, o maior desafio para quem busca combater a obesidade é manter a constância.

“A obesidade é multifatorial. O simples início de um programa de exercícios, sem acompanhamento adequado e mudanças sustentáveis, tende a gerar resultados limitados. O segredo está na adesão e na progressão gradual”, destaca.

Ele reforça que a regularidade na prática de exercícios é determinante tanto para o controle do peso quanto para a saúde cardiovascular.

“Indivíduos que praticam ao menos 150 minutos de atividade física moderada por semana têm risco 30% menor de doenças cardíacas, segundo a OMS. A constância melhora o metabolismo, equilibra os hormônios e reduz o risco de reganho de peso”, conclui o profissional.

O papel das operadoras de saúde

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a obesidade e o sobrepeso já respondem por quase 70% dos gastos com doenças crônicas não transmissíveis no sistema de saúde brasileiro. Além do impacto físico, a condição também está associada a problemas psicológicos, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.

Para Maicon Arrais, superintendente de marketing da Select Operadora de Saúde, a atuação das operadoras é decisiva para reverter esse cenário.

“As operadoras de saúde têm um papel essencial na promoção da prevenção e no enfrentamento da obesidade, pois são agentes que atuam não apenas no cuidado assistencial, mas principalmente na melhoria da qualidade de vida da população. O papel das operadoras vai além da cobertura de procedimentos — envolve fomentar hábitos saudáveis, incentivar a prática de atividade física e ampliar o acesso à informação de qualidade sobre alimentação equilibrada e autocuidado.”

A Select tem reforçado programas e parcerias voltados à promoção de hábitos saudáveis entre seus beneficiários, como o apoio à 21ª edição da Caminhada do Coração, em Curitiba, que incentiva a prática de exercícios e o combate ao sedentarismo.

“Investir em prevenção é a forma mais eficaz de promover saúde e sustentabilidade no sistema”, completa Arrais. “A sustentabilidade do sistema passa pela mudança de paradigma, em que a prevenção e a educação em saúde tornam-se protagonistas do cuidado”, esclarece.

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